sábado, 1 de agosto de 2009

A VERGONHOSA JANELA DA TRAIÇÃO

(Zé da Caatinga)

Está em curso no Congresso Nacional mais uma manobra para o desrespeito a Lei e aos partidos políticos que são os verdadeiros donos dos mandatos dos políticos conquistados nas urnas por meio do voto secreto. Articulações estão sendo feitas para a aprovação de uma “fatia” da reforma política (aquela que nunca acontece e vem sendo votada homeopaticamente de acordo com interesses dos mais condenáveis possíveis) criando um “período de tempo” onde qualquer político pode abandonar seu partido e pular para aquele que mais vantagem oferecer ao mequetrefe traidor.
Feita ao sabor dos próprios interesses da banda podre da política nacional, a “janela da traição” como está sendo denominada essa manobra casuística, fere a lei do Supremo Tribunal Federal (STF) que impõem a fidelidade partidária como regra para o exercício do mandato eletivo. Além de ser uma falta de respeito, tanto para com o Congresso Nacional como para com o Poder Judiciário. Há quem veja na manobra desavergonhada de parte dos congressistas tupiniquins uma retaliação ao Supremo que vem garantindo a abertura de processos contra aqueles políticos que se aventuram no universo criminoso dos subterrâneos obscuros da atividade política com fins de obterem vantagens e benefícios ilegais para si e para os seus.
A aprovação da tal “janela da traição” é uma afronta a lei e soa como um convite a delinqüência já que no tempo de vigência da infame “janela” tudo será permitido para se burlar a legislação num exercício imoral de transgressão e ignorância a lei. Tipo assim: agora podem pular de um partido para o outro quantas vezes quiserem até o final do período estabelecido para a janela da traição. Acreditem, essa indecência política vai promover um leilão pernóstico na política brasileira no melhor estilo quem dá mais...
O Partido Popular Socialista (PPS), aquele que teve a coragem de botar na rua um ministro de estado e ex-candidato do partido a presidente do Brasil porque ele queria justamente fazer o que a “janela da traição” propõe, está mobilizando seus diretórios para tentar barrar a proposta do monstrengo corporativista de parte dos políticos no Congresso Nacional. Mas é necessário que a sociedade se posicione também contra esse tipo de articulação para que o país não se envergonhe mais ainda com as manobras feitas na política como se o Brasil fosse uma pocilga fétida onde a banda podre dos políticos brasileiros chafurda euforicamente na merda emporcalhada de anos e anos de demagogia e roubalheira, sem que nenhum desses mequetrefes seja julgado, condenado e preso por crime contra o cidadão brasileiro, contra o país e... contra a ética, a moral e a probidade.

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