domingo, 4 de outubro de 2009

LUTO INTERNACIONAL


Morreu em Buenos Aires a cantora argentina Mercedes Sosa, aos 74 anos. Registro aqui o pesar de uma geração que teve em Mercedes Sosa o ícone da luta em defesa dos povos latinos através de canções revolucionárias. "..Eu tenho tantos irmãos que não posso contá-los (...) uma irmã que se chama liberdade!..." (Marcus Ottoni)

sábado, 3 de outubro de 2009

Que é isso, companheiro?


Marcus Ottoni

Não dá pra acreditar que o presidente Lula, aquele que representa no Palácio do Planalto o PT Governo e o PT partido, ache espaço durante a festa de comemoração pela indicação do Rio de Janeiro para sede das Olimpíadas de 2016 para fazer política rasteira tipo sindicalista do ABC (que é a praia dele) futuralizando uma oposição radical e cruel contra a preparação da cidade carioca para receber atletas de todos os cantos do mundo. Que é isso, companheiro?
Na verdade, o PT Governo tem lá sua cota na vitória do Rio no COI. Isso não se pode negar. Agora querer, em pouco mais de 24 horas do anúncio e ainda no calor da festa, acusar a oposição de trabalhar contra a realização, não só das olimpíadas de 2016 como da Copa de 2014, é um pouco demais. Além, é claro de mostrar o que virá durante a campanha do próximo ano, com o PT Governo e o PT partido abrindo o baú das “injúrias e acusações desprovidas de verdade” para tentar continuar no Poder, através da ex-guerrilheira Estela da VAR-Palmares, hoje super ministra da Casa Civil do PT Governo, Dilma Rousseff.
A estratégia é simples e de baixo nível político, uma das várias facetas de um Governo que abraça terroristas como o presidente do Iran e da Líbia; se confraterniza com ditadores que calam a imprensa em seus países, como Hugo Chavez; e é transformado de “palhaço internacional” por se meter, a mando do ditadorzinho Chavez, em assuntos internos de Honduras. Que é isso, companheiro?
É claro como água cristalina a artimanha do presidente Lula ao futuralizar um “movimento do contra” a realização das Olimpíadas e da Copa pela oposição brasileira, aquela mesmo que está lá na frente da corrida eleitoral presidencial, segundo as pesquisas divulgadas até hoje. A idéia é criar a revolta popular contra quem pode derrotar a ex-guerrilheira na sucessão do Lula. Criar, no embalo das comemorações de uma vitória expressiva e significativa para o Brasil, um sentimento de repúdio a tal “oposição do presidente” para que isso possa interferir no atual e futuro quadro da disputa eleitoral para a presidência do Brasil. Que é isso, companheiro?
E aí, embute-se outra ação do PT Governo que com a fala do Lula já prepara o terreno para pressionar o Congresso, via seus paus-mandados, a aprovar projetos e liberações de recursos para preparar o Brasil para a copa do mundo, em 2014, e para as Olimpíadas no Rio em 2016. Recursos que devem entrar no Orçamento da União para o ano que vem (ano eleitoral) a ser aprovado até o final deste ano. Uma pergunta: não parece coisa para engordar caixa eleitoral de candidaturas, já que as doações de campanha agora são livres e podem ser feitas de diversas formas, como aprovaram os parlamentares da Câmara e sancionou o presidente Lula? Que é isso, companheiro?
Vá com menos sede ao pote, porque a ressaca pode ser daquelas bem fortes que o cabra chora por quase uma semana.... Não pra relaxar, mas pra não morrer de raiva.... ou por ter dito o que não devia quando devia ficar calado...

A foto do presidente Lula é do jornalista Ricardo Stuckert, da PR. Ela sofreu um corte editorial para seu melhor aproveitamento no artigo.

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

O que está por trás da questão do diploma de jornalismo

Transcredo um artigo do companheiro Waldo Luís Viana, que acho extremamente oportuno para colocar mais luz na discussão sobre a questão do diploma de jornalista para o exercício profissional no Brasil


"O jornalismo configura uma atividade intelectual
desprovida de especificidade, não exigindo o diploma
de curso superior, tendo em vista a livre manifestação
do pensamento como corolário da liberdade de expressão,
assegurada em todo estado democrático de direito”.
Parecer da Subprocuradoria Geral da República – República Federativa do Brasil

Por Waldo Luís Viana

O STF decidiu destruir um dos últimos penduricalhos da ditadura militar, revogando a necessidade, definida em decreto-lei de 1969, da obrigatoriedade do diploma para o exercício do jornalismo.

Para engendrar essa antiga exigência, estavam envolvidos o Dr. Gama e Silva, “jurista” de Costa e Silva e criador do AI-5, bem como o eterno general Golbery do Couto e Silva, criador do SNI e inventor, junto com o ditador Ernesto Geisel, do protagonismo artificial do Sr. Luiz Inácio da Silva. O objetivo era retirar, com uma penada, os comunistas dos jornais.

Naqueles tempos, o PC “era um partido gráfico”, com todos os adeptos reunidos em torno de jornais e revistas, formando a opinião sem diploma e ameaçando o regime instaurado. Comunistas ou não, os maiores jornalistas brasileiros jamais tiveram diplomas de comunicação social, embora muitos trouxessem para as redações sólida formação em outras áreas.

A exigência de diploma causou rebuliço e os comunistas e novos esquerdistas entenderam que agora o objetivo seria fortalecer a profissionalização e as entidades sindicais, tentando autarquizar o pensamento e perseguir os jornalistas sem diploma. Embora tenha me iniciado no jornalismo em 1979 (com 24 anos), fui muito perseguido e perdi grandes oportunidades pela falta do documento de aprovação específico para a área. Não tinha o diploma e não desejava ser “comunicólogo”, pronto...

Muitas filigranas foram discutidas à época, como o papel dos colaboradores, regulada por leis específicas, mas era um período em que a Rede Globo começava a sobressair como próspera organização de comunicação, cujos empregados jamais precisaram de concurso ou prerrequisito cultural para integrar seus quadros técnicos, escolhidos por lógica oligárquica e familiar. E Roberto Marinho, com grande sabedoria, defendia os “seus” comunistas em “O Globo”, contra tudo e contra todos, porque eram brilhantes como jornalistas e mereciam manter os empregos.

No entanto, o regime militar queria aposentar os “velhos comunas” e lhes retirar a capacidade de atuação crítica. Nada como mandar para as universidades o objetivo de formar novos jornalistas, porque ingenuamente os militares acreditavam que, através dos cerceamentos das reformas educacionais, poderiam comandar as consciências dos diplomandos. Ledo engano.

Os comandos partidários decidiram reagir, infiltrando-se mais ainda nos sindicatos, federações e confederações de jornalistas. Era preciso aceitar o patrulhamento ideológico rígido para penetrar nessas entidades, cheias de profissionais medíocres, que preferiam representar a classe a viver nas redações, porque quem sabe faz, quem não sabe ensina ou pratica agitação, à exceção dos “estudantes profissionais”, os únicos que eles admitiam que deveriam sempre agir sem buscar receber diplomas...

Nesse quadro eu vivi e tive vários mestres do jornalismo sem diploma, o que resultou em grande escola para mim. Formei-me em Ciências Econômicas e comecei a sentir a perseguição. Tinha registro profissional na Delegacia Regional do Trabalho e em minha carteira profissional, mas, mesmo assim, não pertencia à turminha carimbada. E muitos, como eu, foram perseguidos, e abriram o leque para outras atividades, próximas ao jornalismo puro, que é o contato diário, sutil e idealista com as redações e notícias. Na verdade, para o bom jornalista, jornalismo é encanto, uma cachaça...

A segunda fase do plano de infiltração dos partidos foi dominar o currículo dos cursos de comunicação social, imprimindo um conjunto de ideologias específico e obrigando os alunos a discutir autores estrangeiros, como Bourdieu, Adorno e Benjamin, completamente estanques em relação à nossa realidade. Era proibido estudar o jornalismo do Império, os grandes mestre que conduziram à discussão abolicionista, a efervescência dos argumentos que levaram à proclamação da república, as propostas civilistas da República Velha e a ebulição da Revolução de 30 e do Estado Novo.

Os jornalistas “comunicólogos” eram “preparados” sob a ideologia da Escola de Frankfurt, sem saber as razões do suicídio de Benjamin e de sua colaboração com a CIA. “Entendiam” de Roland Barthes e Baudrillard, ensinados em apostilas de dez páginas, mas não sabiam compor um texto de reportagem, com lead, sub-lead ou simplesmente começo, meio e fim.

Lembro-me de que me convidaram a integrar o Sindicato dos Escritores, que também desejavam desenvolver. Incrível, além dos jornalistas de carteirinha, queriam formar escritores de carteirinha. Talvez arranjassem também um sindicato para poetas, contistas e já havia a controvérsia do diploma para atores, diante das pressões da máquina da Rede Globo – enfim, quanto mais controle sindical, quanto mais satisfações a dar aos partidos que mexiam os cordões, melhor para manter o patrulhamento ideológico sobre as redações, cujo conflito era entre os peões, jornalistas “profissionais”, e seus chefes de redação e editores. Afinal, era preciso manter a luta de classes...

Com o tempo, a pirâmide de Maslow ideológica ficou assim: até 4 salários mínimos, os profissionais da redação, como intelectuais frustrados, tornaram-se empedernidos marxistas-leninistas; de 4 a 10 salários mínimos, dividia-se a esquerda entre trotskistas, bakunistas, socialistas e progressistas católicos; de 10 a 20 salários mínimos, surgiam os social-democratas e aproveitadores de plantão e acima dos 20 salários, os considerados “patrões” dos jornalistas, convertidos à lógica do regime militar, defensores da organização em que trabalhavam ou simplesmente tecnocratas liberais de direita. Mais ou menos assim eram as redações e me ria muito desses extratos, claramente distintos através dos salários (olha que é pura análise marxista!)...

Na verdade, o diploma de “comunicólogo”, serviria para (quase) tudo: o sujeito poderia ser relações públicas, profissional de propaganda ou jornalista, isto é, ninguém poderia mais pensar e verter o pensamento sem o “auxílio” de um diploma específico, o que seria a censura disfarçada mais terrível e totalitária que a sociedade brasileira poderia conceber!

Tudo estava muito bem arranjado para os sindicalistas, quando surgiu a Internet e os computadores domésticos. Quantos companheiros meus, que me ensinaram as técnicas de redação, reportagem, entrevista e diagramação (minha primeira atividade foi a de repórter fotográfico!) foram se aposentando, com medo do computador. Quantos gênios nós perdemos, que foram para casa escrever livros ou cuidar dos netos para não precisar aprender as dificuldades trazidas pelo tio Bill Gates! Havia uns radicais comunistas que também desconfiavam da informática, porque parecia uma dissolvente invenção norte-americana. Afinal, a informação parecia algo muito espiritual para eles! E foram indo embora...

Não posso nem citar quantos perseguidos pelo regime militar me ensinaram a trabalhar como jornalista. Faltaria sempre algum e não quero cometer injustiças. Quase todos eram brilhantes e não tinham diploma. Mas eram o máximo! Não eram profissionais, eram jornalistas apenas e grandes repórteres, assim como temos médicos, economistas, engenheiros e advogados. O adjetivo “profissional” é uma excrescência, assim como o diploma!

Essa decisão histórica do Supremo Tribunal Federal conseguiu impedir inclusive outro surdo estupro à liberdade do pensamento, porque alguns sindicalistas da informação, preocupados em manufaturar o consenso (não perceberam a menção a Chomsky!), já estavam maquinando, junto a líderes de federações e confederações de classe e representantes no Congresso o passo seguinte à exigência do diploma, que seria a censura direta aos internautas e blogueiros.

Muitos tentavam, nas sombras do governo petista, com nostalgia da ditadura militar, que lhes emprestou visibilidade, escrever projetos-de-lei para dotar o Estado de mecanismos de censura sobre saites e e-mails que trouxessem informações contra os atuais donos do poder. Não poderíamos mais tomar conhecimento de suas falcatruas e safadezas, porque seriam consideradas, como na China, em Cuba e na Coréia do Norte, manifestações atentatórias à segurança nacional.

Tal pré-clima foi derrubado pelas decisões do STF, extinguindo a lei de imprensa e a famigerada, ditatorial e militarista exigência do diploma de jornalismo. Com esse entendimento, o país voltou a se equiparar às nações desenvolvidas, que consideram o jornalismo uma técnica, um meio para se chegar a um fim, que é a liberdade de expressão, do pensamento e a proteção da pluralidade democrática.

Contra isso, os partidários de autarquias e nichos de poder foram derrotados e agora, coitados (!), vão ter que trabalhar! Quanto às universidades e seus professores, adeptos de ideologias estrangeiras, vão ter que se reciclar e aperfeiçoar os cursos, para despejar nos mercado bons profissionais, que não precisem de diploma como exigência para ocupação de emprego ou desempregar pessoas, e não os atuais “comunicólogos” pegajosos, que não sabem pensar, escrever dois parágrafos e não conseguem refletir sobre tema algum por mais de quatro laudas...

É uma pena que, nessas condições, venha a ser extinta aquela figura tão propalada por Nelson Rodrigues, outro jornalista sem diploma, que dispensa apresentações pelo gênio, e que sempre se referia com humor às “estagiárias de calcanhar sujo” das redações, todas com diploma debaixo dos braços...

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

terça-feira, 29 de setembro de 2009

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Que cagada, heim Lula?


Marcus Ottoni

As trapalhadas do PT governo realizadas no âmbito interno do Brasil parecem que agora se tornaram públicas para o mundo inteiro que assiste a um festival de incoerências políticas patrocinado pelo “Comandante em Chefe” da organização “amigos dos amigos dos sindicatos”.
A cagada diplomática do Brasil no episódio em Honduras, só não é hilária porque é trágica e inconsequente, analisada sob o ponto de vista do “uso útil” de uma nação para fins poucos confessáveis por ditadores “latrinos americanos”, como o coronel Chavez, que vai se perpetuando no Poder e costurando uma aliança política na América Latina às custas de nações “úteis e usáveis” para tornar-se o líder supremo das nações do hemisfério sul.
E nesse festival de inconseqüências, o presidente Lula posa de “durão” para servir aos interesses de Chavez e recolocar o tal do Zelaya no comando de Honduras, aumentando assim os aliados alienados do ditador Boliviano. Entrega a embaixada ao ex-pesidente hondurenho, ajuda a criar o caos institucional no país e vocifera impropérios contra o governo interino que pretendia e pretende realizar eleições diretas para escolher o novo presidente de Honduras que tomará posse no início de 2010.
É uma insanidade política classificar a deposição de Zelaya (cuja administração me parece estar recheada de denúncias de irregularidades e corrupção) como “golpe militar” e os atuais dirigentes interinos do país como “golpistas”. Fazer o que o Brasil está fazendo em Honduras é ridicularizar uma nação cuja história de respeito aos assuntos internos dos outros países é uma regra e não uma exceção como quer fazer crer o PT governo. Entregar a representação do Brasil para um desequilibrado como o Zelaya promover a insurreição popular contra um governo que estava promovendo eleições diretas para presidente é, acima de tudo, um total descontrole mental de quem administra um país como o Brasil.
A embaixada do Brasil em Honduras não é mais território brasileiro. Apenas a imunidade diplomática está preservada, ainda, porque as chaves do prédio e as dependências do imóvel estão, hoje, sob o controle do senhor Manuel Zelaya, que faz da representação brasileira o seu escritório inviolável de onde saem ordens de rebeldia social, manifestações contra o governo interino, estratégias do caos institucional, declarações, entrevistas e objetos do patrimônio nacional que estão sendo levados pelos seguidores de Zelaya, talvez como “souvenirs” desse lamentável episódio em que Chavez meteu o Brasil com a conivência e parceria do PT governo.
O princípio internacional da diplomacia rege que para um país manter uma representação diplomática em outra nação é preciso que esse mesmo país reconheça a soberania e o governo da nação onde está instalada sua representação diplomática. Não sendo assim, sem esse reconhecimento público, não há representação nem imunidade diplomática. Como o Brasil não reconhece o governo interino de Honduras, a embaixada brasileira na capital do país passa a ser um simples escritório brasileiro sem garantias do direito diplomático internacional. E o Lula ainda quer botar banca, falar grosso e intimidar um governo estrangeiro, legítimo por suas ações respaldadas pela constituição hondurenha. Que cagada, heim Lula?
Mas como dizem os petistas aliados ao MST e fãs de carteirinha de uma ditadura como a Chavista, a da Líbia, entre outras, “O Brasil está vivendo seu momento de EUA, desrespeitando a soberania de Honduras”. Só falta mandar uma força tarefa para ajudar a recolocar o amigo do Chavez no Poder....

A foto do presidente Lula é do jornalista Antonio Cruz, da Abr. Ela sofreu um corte editorial para seu melhor aproveitamento no artigo.

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

De golpe em golpe se faz mais um ditador

Marcus Ottoni

Na real, o que está acontecendo em Honduras é um verdadeiro massacre diplomático comandado por republiquetas “latrinas americanas” interessadas em promover a desordem social e impedir que o país vá as urnas e eleja, constitucionalmente, seu novo presidente. O esquema de interferência interna na vida política de Honduras só tem um objetivo: recolocar o tal do Zelaya na presidência do país, como fez o Hugo Chavez na Bolívia, quando foi apeado do Poder.
A manobra patrocinada pelo governo da Bolívia, com a cumplicidade do Brasil e do PT Governo nessa trapalhada diplomática, abre um precedente perigoso no campo das relações internacionais para a preservação da soberania das nações e o diálogo político na busca das soluções dos problemas internos nos países, estejam eles em qualquer continente do planeta.
Na contra-mão da realidade hondurenha e defendendo interesses inconfessáveis, o grupo dos “ditadores latrinos” se metem onde não deve e promovem o caos social para desestabilizar o processo eleitoral em curso no país e demonizar o atual governo provisório instalado depois de impedir que o tal do Zelaya desse um “golpe branco”, mudando a constituição para perpetuar-se no Poder como fez Hugo Chavez e como pretende fazer o Lula da Silva com o PT governo.
O que aconteceria se a operação “implode a legalidade” fosse realizada no Brasil com um governo de outro partido rival do PT posto fora do Poder e os “gringos” (lembra 1964) promovendo a reentrada do presidente exilado, via Paraguai, colocando-o na embaixada de Israel (por exemplo?) e autorizando o dito cujo a fazer proselitismo político em um palanque montado no muro da embaixada, com som pago pelo governo e com direito a manter as custas do povo um séquito de “assessores e puxa-sacos golpistas”, que comem e refestelam-se na embaixada as custas do tesouro nacional. Seria um Deus nos acuda com o PT partido indo às ruas e mobilizando o povo contra a “interferência ianque” nos assuntos internos do Brasil. Não seria?
Porque Zelaya deseja insanamente retomar o Poder perdido? Porque representa uma parte dos eleitores hondurenhos? Pode até se achar com legitimidade suficiente para reivindicar a volta à presidência, mas fica a pergunta sem resposta: porque o desejo incontrolável de reassumir o comando do país? Talvez para compor com Chavez e outros “ditadores de ocasião” o chamado “eixo da imoralidade democrática”. Ou quem sabe, para encobrir as irregularidades de sua administração, acusada de corrupção e outras “coisitas más”.
A falta de uma justificativa mais aceitável do que a deposição do Poder por um golpe de estado dá margem a muita interpretação. Se assim não fosse, o tal do Zelaya, deposto, teria organizado um movimento nacional em Honduras com um candidato do seu esquema para vencer a eleição marcada para este final de ano pelos “golpistas” e voltar ao país heroicamente.
Não há golpe de estado em Honduras, há uma legalidade constitucional que Zelaya, com o apoio do Chavez, Lula e outros, querem tumultuar para impor a vontade de alguém que queria dar um golpe branco no país. Embarcar nesse movimento, nessa onda, é virar avestruz e enfiar a cabeça no buraco negro da farsa para não ver a realidade da história, seja em Honduras ou em outro país do mundo.
Apoiar Zelaya, isso sim é golpe internacional contra a soberania do povo hondurenho.

A foto do encontro entre Lula e Zelaya, em Brasília, é do jornalista Antonio Cruz, da Abr.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Zelaya: quem diria... lascou a gente

Marcus Ottoni

Não sei como era o governo do senhor Manuel Zelaya, obrigado a apear do Poder em Honduras por querer dar um golpe no país, mudando a constituição para se perpetuar na Presidência e cumprir sei lá que compromissos políticos financeiros com quem o apoio ou tem interesses inconfessáveis em Honduras.

Cá pra nós, o picareta do Zelaya meteu o Brasil numa puta enrascada e, com a maior cara de pau, transformou a embaixada brasileira em Honduras num palanque político, incitando a parte da população (a que lhe quer bem) ao confronto com as forças legais do país. E nós, esses palhações tupiniquins, damos graças a todos os Deuses pela merda que nos meteu o tal ditadorzinho de araque deposto para não dar um golpe “legal” no país....

E o que é pior, ficamos sensibilizados porque um cretino com ares de “ditador latrino” foi defenestrado do Poder para não ter sua vontade de perpetuar-se na Presidência garantida por uma mudança na constituição, patrocinada e orquestrada por ele mesmo e seus lacaios acompanhantes, assessores, agregados e alienados. Chamamos o “conserto” adotado pelas forças legais de Honduras de “golpe ditatorial” porque manteve-se a normalidade constitucional com o mequetrefe do Zelaya fora do Poder e com seus planos de eternizar-se como presidente de Honduras jogados no lixo da história daquele país.
E não pode ser considerado "golpe" já que as forças legais de Honduras marcaram e vão realizar uma eleição ainda este ano para eleger o próximo presidente do país.... Golpe com eleição democrática marcada...só na cabeça de políticos como Lula, Chaves, Fidel, Zelaya....
Pergunto: mudar a constituição de um país para poder reeleger-se não é golpe de estado? Será que um pulha eleito pelo voto tem o direito de querer manter-se no Poder pelo tempo que desejar? Mudar a constituição requer aprovação do parlamento, certo? E somos tão ingênuos em acreditar que o tal do Zelaya e seu séquito de puxa-sacos parlamentares não exerceriam pressão para aprovar o que ele bem entendesse?
Não assistimos esse filme em outras republiquetas latrinos americanas, como Bolívia, Brasil, etc e outras....?
Ora quem está no Poder e tem a caneta na mão, tudo pode.... inclusive manipular mentes e corações de políticos corruptos e inconseqüentes para conseguir o que bem entende e quer com o carimbo da democracia, onde se pressupõe que a vontade da maioria defina o interesse nacional no parlamento. É muita cara de pau! Ainda não esquecemos o episódio envolvendo o Senado Federal brasileiro e seus protagonistas.

Só mais uma pergunta: porque o covarde do Zelaya não invadiu a embaixada dos Estados Unidos, já que o Obama tem o mesmo pensamento que o presidente brasileiro. Sabe porquê? Pela velha máxima: quem tem... tem medo.... E o tal do Zelaya tem medo pra dedéu, como diriam os cariocas dessa nação tupiniquim, bonita por natureza, abençoada por Deus e governada por ....

A foto de Manuel Zelaya é do jornalista José Cruz, da Abr.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

As “Excelências” e a imoralidade eleitoral

Marcus Ottoni

Esta semana deverá entrar para a história política do país como a semana em que o povo brasileiro foi derrotado pelas “Excelências” da Câmara Federal que promoveram o maior retrocesso em termos de legislação eleitoral já visto na história do Brasil (deve estar virando moda esse negócio de nunca, em tempo algum, na história do país, se fez coisa igual, mesmo que seja uma merda do tamanho que os deputados federais aprovaram para as eleições de 2010).

Das 67 emendas feitas pelos senadores (que em sua maioria também não são lá exemplos de integridade e decência) apenas quatro foram mantidas, entre elas, a que libera geral a internet e suas ferramentas para a propaganda dos candidatos e a desmoralização de seus adversários.
A mais importante, para mim, a que deixava de fora das eleições aqueles políticos que respondem processos na Justiça, as nobre “Excelências” derrubaram. Ou seja: picareta, ladrão, mau caráter, estuprador, seqüestrador, traficante, chefe de quadrilha, e tudo que é qualidade de bandido, se não tiver o processo tramitado em julgado com sentença decidida pela Justiça pode ser candidato a representante do povo, concorrendo para presidente, governador, senador, deputado federal ou estadual.....
Fica então a cargo do eleitor (o mesmo que troca seu voto por uma cesta básica, um bolsa não sei o quê, um dentadura ou qualquer 20 pratas) a decisão de garantir um empregão de quatro anos, no mínimo, para o bandido ou o mocinho (se é que em política tem mocinho). Acreditam as “Excelências” que durante o processo da campanha o inculto eleitor brasileiro, fudido todo, desempregado, com filhos para criar, contas para pagar e uma porrada de problemas que as “Excelências” não tem porque vivem maravilhosamente bem as custas do povo brasileiro, vai receber o “santo da decência”, o “espírito da consciência cívica” ou, quem sabe, a “divindade da limpeza ética da política brasileira” para varrer do Congresso essa turma de mequetrefes que só legislam em causa própria e contra o povo brasileiro.
Vamos ver o que vai acontecer daqui pra frente com essa malfadada remenda eleitoral (porque reforma eleitoral mesmo nunca vai acontecer enquanto essas “Excelências” estiverem no Congresso Nacional). Deve ir para o Palácio do Planalto onde o presidente Lula deve sancionar a indecência aprovada pelas “Excelências” da Câmara Federal.
Vale aqui lembrar o presidente do PMDB e presidente da Câmara, Michel Temer ao comentar a imoralidade aprovada por ele e seus pares na madrugada do dia 17: “A Câmara votou o que acha melhor”... Também vale perguntar: para o povo brasileiro ou para as “Execlências”?


A foto do deputado Michel Temer (PMDB) com o deputado Rodrigo Maia (DEM) é do jornalista Fábio Pozzebom, da Abr. Ela sofreu um corte editorial para seu melhor aproveitamento no artigo.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Tragam o homem de Obama para Dilma


Marcus Ottoni

A coisa tá tão ruim pra candidatura a presidente do Brasil da ex-guerrilheira “Estela”, em 2010, que o PT governo decidiu buscar lá fora, na terra do tio Sam, o marqueteiro do Obama para ver se dá um jeitinho de decolar candidatura petista a ponto de ameaçar o tucano Serra que voa em céu de brigadeiro nos ares eleitorais do Brasil.

Se a ex-militante do terrorismo brasileiro no período da ditadura militar não se consolidar, o PT governo vai ter que engolir uma candidatura extra legenda que pode ser um peemedebista de carteirinha, daqueles mais fisiológicos do que o tal do Renan Calheiros e tantos outros que abarrotam o partido que fez história lutando pelas liberdades democráticas e pela ética na política brasileira.
O medo do PT governo é ter de passar de protagonista a coadjuvante na eleição de 2010, sendo obrigado a engolir, por força da vontade soberana do povo brasileiro, a defenestração de sua alternativa para a sucessão do Lula, a atual poderosa ministra Dilma Rousseff, e aceitar entregar a cabeça da chapa para o pessoal do Sarney, Renam, Temer, Henrique Alves, etc, etc, e etc.
Por isso, o PT governo culpa os marqueteiros tupiniquins considerando-os incapazes de fazer Dilma decolar na pista eleitoral da sucessão presidencial. Ora, nossos marqueteiros não incompetentes. São até mais criativos e competentes do que muito marqueteiro internacional. O que eles não fazem é mágica. E no caso da ex-terrorista “Estela”, só mesmo muita mágica: branca, preta, marrom, azul, violeta, enfim... de todas as cores e matizes.
Como a terra da ilusão é os EUA, então se chama alguém de lá para tentar fazer a mágica do “decola Dilma”. E ninguém mais em moda do que o marqueteiro do primeiro presidente negro eleito na terra do Tio Sam. Pode até ser que ele consiga fazer o milagre do “sobe, sobe”, mas o preço do trabalho deve também subir lá pras alturas dos dólares, tipo casa dos sete dígitos.
O que o PT governo não está levando em consideração é que a propaganda da candidatura do Obama foi montada sobre a história de um personagem político americano que construiu sua trajetória de homem público com dignidade, ética, respeito e coragem para enfrentar as crises e superá-las com a verdade e determinação de quem luta para o bem estar de um povo, republicanos e democratas, sem transformar o Poder Público num “clube de amigos” ou numa república exclusiva de uma parte da sociedade que tudo pode e tudo tem.
O que não é o caso da ex-terrorista “Estela”, que não consegue nem mesmo admitir que reuniu-se com a ex-secretaria da Receita Federal para não ser pega fazendo o que uma autoridade pública não deve: interferir políticamente nas ações administrativas do fisco nacional em benefício de correligionários e aliados da base governista no Congresso Nacional.

A foto da ministra Dilma Rousseff é do jornalista Fábio Pozzebom, da Abr. Ela sofreu um corte editorial para melhor aproveitamento no artigo.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Mentiu, sacaneou... a popularidade dançou

Marcus Ottoni

Foi no que deu. O todo poderoso Lula do PT governo, aquele que está presidente do Brasil há sete anos e que acredita ser um “SemiDeus”, com poderes ilimitados e com carisma pra dar e vender, viu a vaca a caminho do brejo levando na garupa a ex-guerrilheira “Estela”, da VAR Palmares, hoje atuando como ministra da Casa Civil do PT governo.

Navegando em uma popularidade acima dos 80% antes de se meter onde não devia, sacanear a sociedade brasileira obrigando o PT partido e todo o povo do Brasil a engolir o Sarney na presidência do Senado e fazendo coro com sua candidata a presidenta na mentira sobre a reunião com a ex-secretaria da Receita Federal, Lina Vieira, o presidente Lula despencou quase seis dígitos na avaliação pessoal junto a população brasileira.

Caiu da casa dos 81 para pouco mais de 76%. Uma queda expressiva para quem achava que tudo podia e tudo faz do jeito que bem entende, se é que ele entende de alguma coisa. Ao mesmo tempo, o concorrente de sua candidata, o atual governador de São Paulo, José Serra, mantém a “pole-position” da corrida eleitoral de 2010, para desespero do PT governo e do PT partido.
A conseqüência mais real do “chama na chincha”, no mais puro carioquês, foi a retirada do regime de urgência dos quatro projetos do “pré-sal” (ou pressão pró Dilma) para tramitação no Congresso. O regime de urgência era outra estapafúrdia decisão do PT governo com a conivência e apoio do PT partido e de alguns satélites partidários que dão sustentação a órbita maquiavélica do planeta PT no governo do Brasil.
Para aliviar a “ritumba” da queda, tanto do governo do PT como do próprio presidente, vem alguns mequetrefes políticos dizendo que Lula foi sensível a avaliação dos deputados, aqueles ligados a ele, sabedores de que mantida a urgência nos projetos do pré(ó)- Sal (Dilma), o Congresso Nacional viveria os quatro últimos meses do ano num tipo de “recesso branco” sem votar alhos nem bugalhos.
“Sensível e respeitoso” com o parlamento brasileiro, pode? E no caso Sarney, Lula teria sido o quê? E no episódio da reunião entre Dilma e Lina, ele teria sido o quê? Cá prá nós... é como cantou a oposição na “eleição” do último militar presidente do Brasil, no Congresso Nacional, general João Batista Figueiredo: “ quem tem c... tem medo...” . E Lula também tem... mesmo sendo presidente do Brasil.

A foto do presidente Lula é do jornalista Fabio Pozzebom, da Abr. Ela está publicada sem corte editorial

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Do PAC ao Pré-Sal: pressão pró Dilma


(Marcus Ottoni)

Depois do PAC, oficialmente o Programa de Aceleração do Crescimento do PT Governo, ou como classifica uma boa parte da sociedade brasileira: Plano de Ativação de Candidatura, vem agora o Pré-Sal, classificado como “pressão pró Dilma Rousseff”, a segunda etapa da difícil missão que o PT Governo alavancou quando decidiu que depois do Lula, vem Dilma, a ex-guerrilheira da VAR Palmares, conhecida pela alcunha de “Estela”, entre outros codinomes da guerrilha urbana brasileira.

A construção da candidatura da ex-pedetista e atual poderosa ministra petista, sem carisma e sem jogo de cintura, jamais testada nas urnas e considerada por muitos como um “peso morto” na política pela falta de projeção nacional, não é uma tarefa das mais fáceis que o presidente Lula assumiu na sua estada no comando do país.

Dar visibilidade a uma caricatura política é necessário estabelecer ações que a projetem em todo o país e que agreguem forças tradicionais e conservadoras para viabilizar um projeto de continuísmo na gestão da nação. Disso, os marqueteiros do PT governo entendem bem porque rezam na cartilha propagandista de Goobels, aquele alemão que criou a imagem de Hittler, cuja máxima expressava a inverdade dos fatos: “mentir sempre e continuadamente, até que a mentira se transforme na verdade absoluta no seio do povo”. Taí... parece até que já está sendo posta em prática essa lição do Goobels.
Visto assim, entende-se porque a defesa leonina da preservação do Zé Sarney no cargo que ocupa atualmente e os espaços cedidos ao PMDB de Renan Calheiros. É a estratégia da utilização da legenda do saudoso Ulisses Guimarães para infiltrar a ex-guerrilheira na opinião pública nacional. O Plano de Ativação da Candidatura teve início no anúncio do seu homônio, o tal do PAC, e prosseguiu descaradamente com a apresentação da ex-guerrilheira aos prefeitos eleitos em 2006, na famosa reunião em Brasília com direito a fotografia montada ao lado de Dilma e Lula.
O PAC Dilma passa pela absorção do PMDB como legenda de aluguel provisória, já que o partido está praticamente em todos os quase seis mil municípios brasileiros e tem um fraco pelo poder, seja ele municipal, estadual ou federal. Continuando, atravessa a exploração do costado nacional com o Pré-sal, que já é o programa de “pressão eleitoral pró Dilma” e estende-se até as inaugurações das obras pelo presidente Lula em 2010 (ano eleitoral) quando, e não tem como fugir, descaradamente irá dizer que agora é a hora e a vez do Brasil ser governado por uma mulher, porque a oposição que acabar com as conquistas do povo, blá, blá, blá, blá... e que a continuidade da “preservação da miséria nacional”, da “corrupção deslavada”, da “impunidade garantida”, da “mentira disseminada”, da “roubalheira institucionalizada” e tudo que nunca se fez no Brasil ao longo da sua história com tanto descaramento, tem que continuar com a mulher que lutou contra a ditadura militar para garantir a liberdade do povo brasileiro em ficar puto com tanta sacanagem e não poder fazer nada. Ainda...
A foto de Dilma Rousseff, José Sarney e Lula é de autoria do jornalista José Cruz, da Abr. Ela sofreu um corte editorial para seu melhor aproveitamento no artigo.

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

BRASIL, O PASSADO NUNCA MAIS!

(Marcus Ottoni)

No melhor estilo “ditadura militar brasileira” o PT governo, seguindo as ordens do PMDB agregado, puniu com a exoneração os dois principais assessores da ex-secretária da Receita Federal, Lina Vieira. Sem qualquer explicação, Alberto Amadei e Iraneth Maria Dias Weiler, foram expurgados dos cargos que ocupavam. Alberto exercia a assessoria especial da ex-secretária e Iraneth Weiler exercia a função de chefe de gabinete de Lina Vieira.
A retaliação é conseqüência das informações passadas a imprensa e a Comissão de Constituição e Justiça do Senado dando conta de uma “reunião secreta” pedida e realizada pela atual super ministra Dilma Rousseff, quando a ex-guerrilheira “Estela” do Polop (Política Operária) e provável candidata do PT/PMDB a sucessão do Lula, pediu para “agilizar” a fiscalização na família do Sarney.
A guilhotina do Poder veio depois que o Palácio do Planalto informou, bucolicamente, que as gravações feitas na sede do Poder Executivo Brasileiro, a Presidência da República, ficam arquivadas por apenas 30 dias... nem um segundo a mais... Santa paciência dos brasileiros! Em outras palavras... destruíram os registros que poderiam revelar, ou não, o provável encontro da ministra com a ex-secretária da Receita Federal e mostrar ao Brasil quem realmente foi pego na mentira: a ex-secretária, a ministra, o presidente ou todos aqueles senadores que juraram a inexistência do tal encontro.
Não se admirem se a ex-secretária da Receita Federal e funcionária de carreira começar a ser designada pelo Ministério da Fazenda a exercer funções diversas em vários estados do país, em períodos tão reduzidos que mal dará para montar residência porque já estará transferida de novo.... Coisas da ditadura militar, incorporada pelo PT governo.
Também pudera... olha quem garante da governabilidade: Sarney, Renan, Paulo Duque, Collor, etc e tal....
Brasil... acorda desse sono eterno em berço esplêndido.... se não, o manhã não existirá, jamais.

ARRANHOU A MEMÓRIA DO SENADO

(Marcus Ottoni)

Que beleza... segunda-feira, tarde fria no plenário do Senado Federal e o Sarney, agora livre da perseguição de seus correligionários e absolvido sem julgamento pelo senador sem votos presidente do Conselho de Ética (?) (aquele que é suplente de suplente do atual governador carioca), quase vai prum “arranca-rabo” com seu colega do PT, Eduardo Suplicy, durante um discurso que o também imortal Sarney proferia em memória de Euclides da Cunha...

Ao conceder um aparte ao senador Suplicy, Sarney ouvi constrangido a critica do petista em relação aos escândalos que envolveram Sarney nos últimos dias e que foram para o brejo graças a “brigada Renan” que comandou o desmanche das acusações e o arquivamento das denúncias contra o ex-presidente da República, depois que o Tancredo Neves partiu dessa pra melhor, num descuido médico que fez de uma diverticulite uma infecção generalizada.

Voltando ao Senado. Irritado com o aparte do petista, Sarney bronqueou dentro do decoro parlamentar. Alegou que não queria arranhar a memória de Euclides da Cunha com o assunto levantado pelo Suplicy.

Arranhado mesmo tá, não só a memória do Senado, mas a própria instituição que afundou num grande tonel de merda pelas manobras de seus senadores, principalmente, os do PT governo e os do PMDB agregado.
A foto dos senadore José Sarney e Eduardo Suplicy é do jornalista Antonio Cruz, da ABr. Ela sofreu um corte editorial para seu melhor aproveitamento no artigo.

domingo, 23 de agosto de 2009

A FATURA CHEGA NO ANO QUE VEM

(Marcus Ottoni)

O PT governo está de “melé bebo”, como se diz no Nordeste quando se quer ressaltar a fase positiva de uma pessoa ou um grupo de gente. Tá porque tá e graças ao PMDB que prepara um golpe de proporções nacionais para jogar o PT governo e o PT partido na lama da política brasileira, mais ainda do que ele já está chafurdando na merda que vem obrando politicamente nos últimos anos.
E qual a razão dessa fase auspiciosa que o PT governo atravessa depois do furacão Sarney quase comprometer a governabilidade do PT partido? Exatamente isso... ter saído da confusão criada com o afastamento do senhor Agaciel Maia do controle absoluto sobre o Senado Federal (diga-se de passagem com o aval do Sarney, que foi quem o colocou lá) com os louros da vitória sobre a oposição que tudo faz para “surupiar” o Poder “legitimamente” conquistado pelo PT governo.

É bom ressaltar que essa “vitória” do PT governo esconde a maquiavélica estratégia do PMDB agregado, cujas conseqüências começarão a aparecer no ano que vem, quando o país for escolher o novo time de governadores, parte dos senadores, deputados federais e estaduais e o presidente da República. Não pensem que o PMDB agregado quer a presidência do Brasil. Não, isso ele não quer, embora deixe transparecer isso para o eleitor brasileiro.
O que o PMDB agregado quer são os governos dos estados, uma gorda fatia da Câmara dos deputados, do Senado Federal e representação forte nas Assembléias Legislativas. Assim, ele continua no controle da “governabilidade” do país, sem pagar o ônus de ações desastrosas e longe da fúria e fiscalização da oposição, mas bem próximo dessa mesma oposição nos estados. Se o projeto do PT governo e do PT partido der com os burros n´água, transformando-se num insucesso eleitoral com a candidatura da ministra Dilma Rousseff fazendo água em 2010, o PMDB agregado, não terá escrúpulo nenhum em bandear-se para o presidente eleito, mesmo que seja um tucano do ninho do senador Tasso Jereissatti, cujo arranca rabo com o “Golberi” do PMDB, senador Renan Calheiros, no plenário da Casa, promoveu um dos mais medíocres debate parlamentar deste ano.
O que importa ao PMDB agregado é o controle dos estados e não o controle do país. O mesmo rolo compressor que esmagou a vergonha, a verdade, a ética e a moralidade pública no Senado Federal e, principalmente no Conselho de Ética e Decoro da Casa, vai agir em 2010 para ter o aval do PT partido e do PT governo as facilidades para ocupar a cabeça das chapas majoritárias nos estados em detrimento de petistas com chances de vencer eleições estaduais.
Talvez a exceção seja São Paulo, onde o senador que ia renunciar por ter sido humilhado pelo PMDB, voltou atrás e decidiu submeter-se as vontades do “Golberi” do PMDB, seu desafeto político, diga-se de passagem.
A fatura vem no ano que vem....

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

“QUEM TEM, TEM MEDO!”

(Marcus Ottoni)

Quando da "escolha" do famigerado e último representante da ditadura militar, o general Figueiredo, na disputa no colégio eleitoral pela sua indicação para governar o Brasil, a oposição indignada com os convencionais da Arena/PDS (entre eles o José Sarney), entoou um coro nas galerias da Câmara, onde acontecia a “escolha”, que dizia assim: “quem tem c..., tem medo, vote em Figuerêdo!”. E não deu outra, o general escolhido presidente ganhou e levou.

No recente episódio da desmoralização do líder do PT no Senado, Aloizio Mercandante, pela bancada do PMDB (leia-se aí Renan Calheiros), o coro, agora poderia ser outro, depois que o petista anunciou sua renúncia a liderança e, menos de 24 depois, retrocede na decisão e continua líder de uma bancada que não o segue, não o respeita e não tem compromisso com a posição da liderança, preferindo mais seguir a orientação do senador peemedebista Renan Calheiros e seu fiel escudeiro, senador Romero Jucá.

O fiasco Mercadante não que já fosse esperado, mas nem mesmo ele resistiu ao canto da sereia palaciana que, na pior das hipóteses, ofereceu para compensar a humilhação sofrida perante o povo brasileiro apoio irrestrito para disputar o governo paulista, mesmo que essa proposta já tenha sido feita ao deputado Ciro Gomes (PSB) para ele desistir da candidatura a presidente e atrelar seu nome ao da candidata do PMDB, ministra Dilma Rousseff.

Por outro lado, não há muita surpresa na atitude do senador Mercadante, de dizer publicamente que vai fazer uma coisa e depois realizar o contrario do que disse aos quatro cantos. É que no PT governo está instituída a prática da mentira. Virou regra mentir no PT governo. Mente-se tanto, que eles acreditam que as mentiras que contam para o povo são verdades absolutas de um governo que tem no seu maior representante um ícone solitário que não transfere para seus correligionários ou aliados a preferência popular de que desfruta atualmente. Essa é mais uma mentira do PT governo que acredita que Lula vai transferir todo seu eleitorado para a ministra candidata hibrida PT/PMDB.

O que fica claro nesse chafurdo todo é o controle absoluto do PMDB no Governo do PT, ou no PT governo, como queiram. Se o PT permite, aceita e admira a influência do PMDB no governo do PT é claro e óbvio, que o PT partido e governo, não acredita que a ministra pré-candidata Dilma Rousseff tenha a menor possibilidade de vencer a eleição em 2010. Para isso, precisa estar ligada ao PMDB para passar a idéia de que é a candidato do partido de Renan e Sarney. Se o PT acreditasse na vitória de Dilma, não deixaria o PMDB lhe colocar um garrote do tamanho que está no pescoço do PT governo e do Partido dos Trabalhadores.

É difícil para quem defende a moralidade, a ética, a probidade e a impessoalidade na gestão pública acreditar que a governabilidade do país passe por políticos como Renan Calheiros, José Sarney, Collor de Mello entre tantos outros que o próprio Lula chegou a classificá-los como a banda podre da política brasileira, não só ele, mas toda militância do PT partido.
Talvez a governabilidade de que o PT governo fale e defenda seja a mesma pratica administrativa que o PT, por anos e anos, combateu e denunciou como sendo o modelo corrupto e irresponsável de gestão pública. O uso do cachimbo entorta a boca, diz o dito popular.

A foto dos senadores Romero Jucá e Renan Calheiros é do jornalista José Cruz, da Abr. Ela está publicada sem corte editorial.

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

RENAN (PMDB) DERROTA MERCADANTE (PT)

(Marcus Ottoni)

A vergonhosa derrota imposta pelo PMDB do senador Renan Calheiros ao líder da bancada do PT no Senado, Aloizio Mercadante, eleito senador por São Paulo com mais de 10 milhões de votos, é o retrato sem retoque do domínio peemedebista sobre o partido do presidente e, também, sobre as decisões políticas do chefe do Executivo federal. Ficou claro, muito claro, que o PT de protagonista do governo, passou a coadjuvante do PMDB numa postura tipo “faremos o que o mestre mandar”. No caso, o mestre é o PMDB de Renan, Sarney etc e tal.

Derrotar seu próprio líder no Conselho de Ética soa como uma reprimenda explícita da cúpula do PT ao senador mais votado da legenda, cuja história de vida pública tem sido elogiada até mesmo por adversários de longas datas. Está se tornando tradição no Partido dos Trabalhadores a defenestração de suas principais lideranças nacionais em detrimento do acolhimento de interesses estranhos aos interesses do povo brasileiro e a própria história do Partido dos Trabalhadores, construída sob a bandeira da ética, da moralidade, da transparência e do respeito político tanto para com seus correligionários, como para com seus adversários.

Nessa linha vão rolando cabeças históricas do PT que ajudaram a consolidar o partido em seus estados e nacionalmente. Nesse rosário de guilhotinados pelo partido, temos Heloisa Helena, Cristovão Buarque, Luciana Genro e muitos outros petistas históricos que aturaram os maus tratos partidários após a tomada do Poder pelo Lula e seu time de protegidos e eminências pardas por algum tempo até serem asfixiados pela máquina partidária com interesses alheios ao programa do PT. A mais recente perda do partido é a senadora e ex-ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, que deixa o PT pelas mesmas razões que seus outros companheiros: desvio de conduta ética do partido e a opção pelo continuísmo da bandalheira política que o PT ao longo de sua história oposicionista combateu duramente em nome da sociedade brasileira.

Impor ao senador Aloizio Mercadante tão acachapante derrota transmitida ao vivo para todo o Brasil, é, sem sombra de dúvidas, convidá-lo a deixar a legenda, coisa pouco provável de acontecer. Mas não deve ser fácil ser derrotado e ver no rosto de peemedebistas, como Renan Calheiros, o sorriso da vitória de ter de uma tacada só derrotado o DEM, o PSDB, o povo brasileiro e o líder do PT no Senado Federal. Uma vitória com sabor de vingança em quem pedia sua cassação quando ocupava o lugar do Sarney e foi obrigado a apear da presidência do Senado Federal e do mandato.

A foto do senador Aloizio Mercadante é do jornalista José Cruz, da Abr. Ela está publicada sem corte editorial.

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

É MENTIRA, TERTA????

(Marcus Ottoni)

As razões que levaram a toda poderosa ministra pré-candidata do PT a sucessão do Lula, Dilma Rousseff, a não confirmar a reunião particular com a ex-secretaria da Receita Federal, Lina Vieria, são claras e evidentes: ingerência política em assuntos da alçada tributária do Governo. Isso significa que as fiscalizações da Receita Federal podem estar sendo utilizadas para cooptar, intimidar ou pressionar empresários e políticos para não confrontar ou posicionar-se contra o governo do PT e seus "objetivos pouco transparentes" na gestão do Poder Público.

A ser verdade essa situação, revela se aí um poderoso instrumento de repressão e cooptação política mais hediondo e odioso do que os órgãos da polícia política da ditadura ou mesmo da Gestapo nazista de Adolf Hittler, na Alemanha, até 1945.

O uso político de informações oriundas de fiscalizações da Receita Federal é inadmissível nos regimes democráticos e condenável em todas suas instâncias. Em países sérios essa conduta levaria, no mínimo, a perda do cargo ocupado, fosse ministro pré-candidato, ou simplesmente ministro. As últimas conseqüências dessa prática, desse desvio de conduta administrativa, levaria seu autor, ministro pré-candidato, presidente ou simplesmente ministro, para a cadeia.

Por isso é que a ministra Dilma Rousseff nega veementemente que tenha havido qualquer reunião “secreta ou particular” com a ex-secretaria da Receita Federal. Nega porque sabe que a confirmação
da reunião é “nitroglicerina pura” no colo do Governo e do PT, pronta para mandar pelos ares, não só o governo do PT, mas o projeto de acampar na presidência da República por longos 30 anos. Nega-se o fato para esconder a verdade das ações.
Além disso, o que não deixa de ser tão grave quanto a possibilidade do uso indevido de informações da Receita Federal para fins políticos, a mentira parece ter se transformado em regra na vida da ministra. Numa audiência no Senado Federal, na CCJ, há algum tempo, a ministra revelllou que mentiu para os militares com o objetivo de salvar seus companheiros do jugo da ditadura, mentira da qual se orgulhava e que mentiria de novo se fosse preciso salvar seus companheiros. Muito nobre e sem qualquer censura ou condenação a então guerrilheira por ter salvo vidas de patriotas com mentiras "nobres" (se é que existe alguma mentira nobre. Mentira é mentira. Mas nesse caso abrimos uma exceção).
O problema é que agora não estamos mais na ditadura dos militares (se bem que a ditadura dos sindicatos é pior porque dissimula e distorce a verdade dos fatos praticando a máxima do pensador nazista Goobels de que mentir seguidamente, faz a mentira virar verdade). Estamos na "democracia" e não é preciso mentir para salvar vidas de partidários, agregados, apadrinhados, correligionários e aliados. Basta agir com ética, transparência e moralidade....
Se mentir é a regra do Governo do PT... o Brasil está irremediavelmente perdido. Como dizia Juca Chaves: "O jeito é mudar do lugar que tanto gosto e ir morar na nova sede que agora é...”. O último a sair apague a luz do aeroporto.
A foto da ministra Dilma Rousseff é do jornalista Humberto Salles, do Correio da Tarde(RN). Ela sofreu um corte editorial para seu melhor aproveitamento no artigo.

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

ENREDO DE SAMBA NA REPÚBLICA DOS SINDICATOS

(Marcus Ottoni)

Coisa horrorosa! Uma pobreza sem tamanho! Ele não sabe como um assunto “irrelevante” ganha a proporção de escândalo político!
Ora, cá prá nós, senhor presidente, o povo brasileiro pode até parecer idiota, mas não o é. Coitado, coitadinho.... o senhor não sabe... será porque foi para atender um pedido seu que Dilma pediu a Lina para estancar o sangradouro das irregularidades da família Sarney na Receita Federal? E agora, esse pedido que gerou outro pedido, e que no futuro geraria outro pedido para atrelar o PMDB na barra da saia da Dilma, pode revelar como se move a serpente da hipocrisia política pelos porões da Esplanada dos Ministérios e até onde seus males atingem o povo brasileiro. E vai melar a farsa de um Governo que quer se passar por integro, ético, transparente e dentro dos princípios da moralidade, integridade e impessoalidade.
Pois é seu presidente... Essa querela entre as duas senhoras, uma ex-auxiliar e outra pré-candidata do senhor, não é coisa que não dá samba. É sim enredo de samba para o país do carnaval entregue a “republiqueta dos sindicalistas” e vai colar e virar coro na boca dos mais de 190 milhões de brasileiros que assistem, boquiabertos, a panacéia desvairada em que se transformou o Senado Federal com a ajuda do senhor e de todos esses mequetrefes, ou será como o senhor classificou a classe política quando estava lá na Câmara Federal, em cima de uma mandato de deputado eleito pelo povo de São Paulo, e que pouco produziu como parlamentar?
Sabe senhor presidente... (e olha que meu voto, em todas as oportunidades em que pude votar no senhor, assim foi feito) fico muito triste em ver no que se transformou o Lula de outrora. E vale aqui lembrar um velho dito popular: “o uso do cachimbo entorta a boca”. Foi o que aconteceu, né? A convivência com os “picaretas” (não foi assim que o senhor chamou os parlamentares naquela época?) o transformou, também, num picareta? Triste senhor presidente, muito triste....
Só pra concluir esse artigo: nunca em toda história do Brasil se mentiu tanto quanto no governo do senhor. Essa é mais uma marca que o Governo Lula tem para comemorar. Nunca se mentiu tanto na política brasileira. Acrescente isso senhor presidente: nunca em toda sua história, mesmo no período mais negro da Nação, os anos de chumbo, nunca o povo brasileiro se sentiu tão envergonhado com a classe política brasileira. Nunca, companheiro Lula, inclusive com o senhor...
A foto do presidente Lula é do jornalista Fábio Pozzebom, da Abr. Ela sofreu um corte editorial para seu melhor aproveitamento no artigo.

sábado, 15 de agosto de 2009

O HOJE NÃO SERÁ IGUAL AO AMANHÃ

(Marcus Ottoni)

É bem verdade que ainda faltam 14 meses para a eleição de 2010. Também é verdade que muita água vai passar por baixo da ponte política brasileira alterando substancialmente os dados atuais sobre a sucessão do Lula da Silva. Mas as pesquisas eleitorais de hoje apontam qual o caminho que os políticos devem tomar para conseguir emplacar seus projetos personalistas e oportunistas para dominar o país sem o menor respeito pela população que os elege e lhes garante todas as mordomias inimagináveis para o povo brasileiro, mas possíveis e reais para eles mesmos, os "nossos" representantes.

Os tucanos estão, segundo o Instituto Datafolha, 21 pontos percentuais na frente dos petistas que empatam tecnicamente com os socialistas do PSB, situados a pouco mais de três pontos do pessoal do PSoL . A indefinida senadora Marina Silva, apenas por ser convidada pelos verdes para disputar a presidência do Brasil contra os mesmo de sempre, aparece com 3% das intenções eleitorais. Qual o recado dos mais de 4 mil eleitores ouvidos pelo Instituto em 171 municípios brasileiros em dois dias? Simples: o povo está atento ao que acontece na República dos Sindicalistas em Brasília e pode surpreender os “pseudos” líderes de ocasião e estadistas de merda que transformaram o país num cabaré de periferia urbana.

Mas o hoje, evidentemente, não será o amanhã. É lógico. Até que se dê o ponta pé inicial na disputa pela giroflex do Lula, em julho de 2010, as inquietudes partidárias se transformarão em ações pela busca de índices favoráveis para entrar na disputa com a possibilidade de ganhar, não só a eleição, mas apoios gordos oriundos de todos os “bunckers” produtivos da sociedade brasileira, de ambos os lados da disputa, com e para todos os envolvidos.

Por agora, fica a sensação de que, mantidas as projeções atuais, trocaremos seis por meia dúzia, os sindicatos pelas academias, a demagogia ignorante pela demagogia refinada, a mentira dissimulada pela inverdade divulgada, a falcatrua pela maracutaia, a cachaça pelo uísque, Chávez por Obama, e assim por diante até chegarmos a mesmice pela mesmice.

A foto da senadora Marina Silva (PT) é do jornalista Wilson Dias, da Abr. Ela sofreu um corte editorial para seu melhor aproveitamento no artigo.


VEJA OS NÚMEROS DO DATAFOLHA:


SERRA (PSDB)..................................... 37%
DILMA (PT)......................................... 16%
CIRO GOMES (PSB)............................... 15%
HELOISA HELENA (PSoL)........................ 12 %
MARINA SILVA (?).................................. 3%
*Foram entrevistados 4.010 eleitores em 171 municípios brasileiros entre os dias 11 e 13 de agosto/2009. A margem de erro é de 2% para mais ou para menos.

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

O MOTIM NO CURRAL POLÍTICO DE WILMA


(Marcus Ottoni)

A base política de Wilma (PSB) e de Lula (PT) no Rio Grande do Norte amotinou-se contra os comandantes da embarcação que começa a fazer água quase 14 meses antes da eleição. A criação da “Unidade Potiguar”, que muito se assemelha a antiga “Unidade Popular” do ex-governador Aluízio Alves, não é nada mais do que um movimento rebelde no curral político de Wilma e uma demonstração explícita de que as lideranças da tal recém agrupada unidade não estão dispostas a engolir a candidatura do vice Iberê que estará com a caneta na mão tão logo a dona Wilma apeie do Poder para ser candidata a deputada federal pelo PSB.
A se pensar que alguns do liderados amotinados querem mesmo é ser ungidos a candidatura de governador do Estado com as beneses de duas máquinas azeitadinhas (estadual e federal) pra moer pesado na campanha de 2010, não havia outro caminho a não ser o “motim político” que coloca em xeque a liderança de dona Wilma sobre os amotinados e abre a perspectiva de acamparem na oposição mas sem garantias de ocupar, nos palanques, a vaga majoritária como candidato a governador do esatdo, já que a ex-prefeita de Mossoró é disparada a preferida do eleitorado potiguar até o momento.
Mas a relevância do motim político é a oportunidade de remexer o tabuleiro político do estado jogando fora a mesmice de quase duas décadas de “deliro” sobre a “missão divina” de dona Wilma em salvar o Rio Grande do Norte como afirmava um dito socialista do antigo PDT de Leonel Brizola. Uma coisa é certa, a bagunça tá arrumada e vai gerar disse-me-disse por algum tempo até que a imprensa descubra que a tal “Unidade Potiguar” não vai a lugar nenhum porque é submissa a cargos e empregos, tanto no Rio Grande do Norte, como em Brasília.

Alguém tem dúvida que na hora “H” vai funcionar a famosa chave de roda do Lula e de dona Wilma? Esqueceram que quem manda no Governo Federal é o Partido dos Trabalhadores, o PT de Fátima, Mineiro, Geraldão, etc. E que aqui no estado o PSB (Wilma) não se desatrela do Lula nem que a vaca vá pro brejo com todos os "bezerrinhos" grudados nas tetas.

A foto da reunião da Unidade Potiguar é do jornalista Canindé Soares. Ela sofreu um corte editorial para seu melhor aproveitamento no artigo.

O DIABO DO ZELAYA

(Marcus Ottoni)

Uma foto diz muito sobre o fato ou o personagem. É preciso saber ler o registro feito pelo fotógrafo que muitas vezes não percebe o que realmente documentou. Os detalhes de uma fotografia traduzem o que não nos é tão explícito a olho nu. Um personagem, um acontecimento, um fato isolado ao ser retratado pode revelar o verdadeiro sentido da história daquilo que foi documentado. É como um código, uma senha, um aviso, uma revelação de quem protagoniza a fase seguinte da história que está por vir, ou que já está acontecendo. São sinais “ocultos”, feitos de sombras ou nuances de tons sobre tons, mostrando a real intenção do personagem e seu posicionamento frente ao episódio que proporcionou ou vai participar num futuro muito presente. Ou do fato acontecido com suas conseqüências futuras.

Mas é preciso saber ler a mensagem implícita da foto para saber quem está por trás do homem. E na fotografia do jornalista José Cruz, da Abr, temos um exemplo maravilhoso dos sinais que nos enviam as fotografias. O presidente, José Manuel Zelaya (apeado do governo de Honduras por querer repetir no país as ações do presidente Venezuelano Hugo Cháves, se perpetuando no Poder e fazendo o que bem entender sem dar satisfações a quem quer que seja, etc e tal) fotografado ao desembarcar em Brasília, num momento rápido, mostrou quem está por trás dos seus desejos de ditador “latrino americano” (é latrino mesmo... onde se deposita muita merda) e que se deu mal quando os homens de bem de Honduras entenderam que ele queria transformar o país no modelo Chavista da Venezuela.... mas isso é outra história....
Vamos ao que interessa: a revelação de quem está por trás do Zelaya e seus planos diabólicos para fazer de uma república democrática um pais regido pela batuta ditatorial de um pseudo líder popular.... O mal sempre se revela quando menos se espera, mesmo estando nas sombras dos homens.
Parabéns ao jornalista José Cruz por conseguir mostrar a face oculta do Zelaya.

SOBRE ZELAYA E HONDURAS

(Zé da Caatinga)

Entendendo a mensagem da fotografia que revelou quem está por trás do Zelaya, preciso explicar as considerações feitas sobre o “apeamento do Poder” do ex-presidente hondurenho, para que fique claro que não sou a favor de golpe de estado (se bem que em algumas republiquetas isso seria fundamental para a normalidade constitucional e o fim da roubalheira, da impunidade, da hipocrisia política, da criminalidade política, do fórum privilegiado, etc e tal).
O tal do Zelaya queria mudar a constituição para se manter no Poder, como fez o seu colega Venezuelano, Hugo Cháves. E começa assim, muda-se a constituição para garantir a permanência no Poder, depois muda novamente para isso, para aquilo, aquilo também, sem esquecer aqueles detalhes e outros e outros e por aí se vai até que se passa 50 anos e lá está ele no Poder. E quando sai ou é obrigado a deixar o Poder, bota alguém da família.
Exemplos, temos e sabemos o que isso traz para a sociedade: atraso, dependência política e social, paternalismo, esmola tipo “bolsa família” e a manutenção da miséria....
Exemplo: Cuba de Fidel. Não a Cuba sonhada por Che. Que também não é a transformação de todas as Américas em pastos de ditadores vitalícios e muito menos o sonho dos heróis da América do Sul que não passava por ditadores populistas que fecham órgãos de imprensa para não ter seus crimes denunciados....
Vejamos por esse prisma... Se o tal Zelaya tem mesmo a sociedade ao seu lado, se o povo quer mesmo que ele fique no Poder como Fidel e Chaves, então porque ele não se submete a eleição marcada para ainda este ano pelos que o colocaram pra fora do Poder e que ele anda choramingando pelo mundo dizendo que são golpistas.... Seriam golpistas se fizessem como os nossos militares em 64...Eleição é teste de popularidade e a base da democracia...
Zelaya quer voltar ao Poder para ter a máquina na mão e fazer o que fazem os merdas populistas latrinos americanos: manipular eleições comprando votos etc e tal.... Zelaya que me perdoe... mas, golpista é ele em toda a extensão da palavra e seu significado.

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

RÁDIO PARA ELE QUE ELE MERECE!


(Zé da Caatinga)

Taí no que deu comandar a tropa de choque do Palácio do Planalto no Senado em defesa da manutenção do Zé Sarney na presidência da Casa após a enxurrada de denúncias contra o ex-presidente da República. A família do general da tropa, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), vai ganhar uma concessão de rádio FM para propagandear as ações do grupo, principalmente no próximo ano, quando se elegerá o sucessor do Lula e terá de enfrentar, entre outros, a ex-senadora Heloisa Helena, presidente do PSoL.

José Renan Calheiros Filho, atual prefeito de Murici (QG político do Calheiros nas Alagoas) e filho de Renan, é acionista do grupo de comunicação JR Radiodifusão, cujo sócio majoritário é Carlos Ricardo Santa Ritta, assessor do senador líder do PMDB no Senado. Pode não ser “laranja”, mas que parece, parece sim.... O presente de Lula chegou ao Congresso em forma de mensagem para aprovação pelos parlamentares de concessão da FM para o grupo dos Calheiros em Alagoas um dia depois que o senador Renan chamou seu colega do Ceará, Tasso Jereissatti , de “coronel de merda” no plenário da Casa.

Tanto Renan, quando o consultor jurídico do Ministério das Comunicações, Marcelo Bechara (o ministro é o senador Hélio Costa (PMDB-MG) ex-repórter global) negaram qualquer relação entre a atuação “rolo compressor” no caso Zé Sarney e a decisão do Governo do PT em enviar o pedido de licença para a concessão da FM para a família Calheiros.

A foto do senador Renan Calheiros é do jornalista Valter Campanato, da Abr. Ela sofreu um corte editorial para seu melhor aproveitamento no artigo.

terça-feira, 11 de agosto de 2009

DA LINA PARA A DILMA

(Zé da Caatinga)

A ex-secretária da Receita Federal, Lina Vieira, que já exerceu com competência a Secretaria de Tributação do Rio Grande do Norte, colocou mais lenha na "Fogueira das Vaidades Petistas" envolvendo a ministra Dilma Rousseff com o Zé Sarney. E no disse-me-disse, no "desconvercê" do Governo, a ex-secretária, em entrevista na terça feira, 11, disse que "não custava nada a ministra falar a verdade". Opis! Traduzinho: a ministra pré-candidata do PT ao troninho do Lula no Palácio do Planalto mentiu ao negar que tenha tido uma reunião particular com Lina e, nessa "reunião secreta" tenha pedido para "agilizar as investigações da Receita na família Sarney", segundo a própria Lina. E candidata que mente não deve ser levada a sério pelos eleitores, não é?

Depois, já está se tornando moda no governo Lula as aminésias de ministros e do próprio Lula. O que ganharia a ex-secretária da Receita Federal para inventar uma história como essa? Lina não precisa desse tipo de projeção no país porque é uma profissional competente e reconhecida em todo território nacional pela dignidade e ética com que exerce a profissão. Muito diferente de muita gente que abandonou a profissão para dedicar-se a pilantragem política brasileira.

A foto de Lina Vieira é do jornalista Marcelo Casal Jr, da Abr. Ela sofreu um corte editorial para seu melhor aproveitamento no artigo.

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

O BAIXO CALÃO DA ALTA CORTE

(Zé da Caatinga)
O Senado Federal, por meio das “Vossas Excelências”, tem protagonizado cenas muito comuns nas feiras públicas, nos mercados populares e nos cabarés de todo o Brasil. E, nessa onda de insultos e agressões verbais, descobre-se que as nobres “Vossas Excelências” não são melhores do que aqueles bêbados de botequim de quinta categoria quando discutem, por exemplo, o chifre passado pela companheira de algum deles, depois de mais de cinco “meiotas” de 51.
Os palavrões das “Vossas Excelências” (que lá se chamam “palavras de baixo calão) não passam para a história do Senado, já que depois de escancararem o bocão esculhambando os colegas, eles solicitam a retirada das notas taquigráficas as palavras de “baixo calão”, mudando a história real do vexaminoso debate promovido pelas “Vossas Excelências” quando aflora o período da TPM política (que segundo meu filho pequeno significa: Tô Puto Meu!) e os faz soltar os capetas, jogando “bosta no ventilador” com a elegância dos “cavalheiros da República dos companheiros do PT”.
Para mim continuo achando que o Senado, a Câmara Federal, as Assembléias Legislativas e as Câmaras de Vereadores deveriam fechar e os parlamentares mandados de volta para suas casas para dar expediente na profissão que escolheram (muitos nem profissão tem) e ganhar a vida suando o pão que o diabo amassou com a ponta do rabo. Quem sabe assim eles possam entender que o mandato que o povo outorga nas urnas é para ser exercido com ética, dignidade, moralidade e decência. Não para locupletação desenfreada e deslavada corrupção.

Alguns insultos das "Vossas Excelências" em alto e bom som no Senado, na semana passada:
Collor de Melo
: (para o senador Pedro Simon e para o jornalista Roberto Pompeu de Toledo)
PARLAPATÃO:
Mentiroso, impostor

OBRANDO: Defecando
Renan Calheiros: (para o senador Tasso Jereissati)
CORONEL DE MERDA: Aquele que não manda em nada, sem prestígio, insignificante
Tasso Jereissati: (para o senador Renan Calheiros)
CANGACEIRO DE TERCEIRA CATEGORIA: Bandido nordestino sem valor