Na real, o que está acontecendo em Honduras é um verdadeiro massacre diplomático comandado por republiquetas “latrinas americanas” interessadas em promover a desordem social e impedir que o país vá as urnas e eleja, constitucionalmente, seu novo presidente. O esquema de interferência interna na vida política de Honduras só tem um objetivo: recolocar o tal do Zelaya na presidência do país, como fez o Hugo Chavez na Bolívia, quando foi apeado do Poder.
A manobra patrocinada pelo governo da Bolívia, com a cumplicidade do Brasil e do PT Governo nessa trapalhada diplomática, abre um precedente perigoso no campo das relações internacionais para a preservação da soberania das nações e o diálogo político na busca das soluções dos problemas internos nos países, estejam eles em qualquer continente do planeta.
Na contra-mão da realidade hondurenha e defendendo interesses inconfessáveis, o grupo dos “ditadores latrinos” se metem onde não deve e promovem o caos social para desestabilizar o processo eleitoral em curso no país e demonizar o atual governo provisório instalado depois de impedir que o tal do Zelaya desse um “golpe branco”, mudando a constituição para perpetuar-se no Poder como fez Hugo Chavez e como pretende fazer o Lula da Silva com o PT governo.
O que aconteceria se a operação “implode a legalidade” fosse realizada no Brasil com um governo de outro partido rival do PT posto fora do Poder e os “gringos” (lembra 1964) promovendo a reentrada do presidente exilado, via Paraguai, colocando-o na embaixada de Israel (por exemplo?) e autorizando o dito cujo a fazer proselitismo político em um palanque montado no muro da embaixada, com som pago pelo governo e com direito a manter as custas do povo um séquito de “assessores e puxa-sacos golpistas”, que comem e refestelam-se na embaixada as custas do tesouro nacional. Seria um Deus nos acuda com o PT partido indo às ruas e mobilizando o povo contra a “interferência ianque” nos assuntos internos do Brasil. Não seria?
Porque Zelaya deseja insanamente retomar o Poder perdido? Porque representa uma parte dos eleitores hondurenhos? Pode até se achar com legitimidade suficiente para reivindicar a volta à presidência, mas fica a pergunta sem resposta: porque o desejo incontrolável de reassumir o comando do país? Talvez para compor com Chavez e outros “ditadores de ocasião” o chamado “eixo da imoralidade democrática”. Ou quem sabe, para encobrir as irregularidades de sua administração, acusada de corrupção e outras “coisitas más”.
A falta de uma justificativa mais aceitável do que a deposição do Poder por um golpe de estado dá margem a muita interpretação. Se assim não fosse, o tal do Zelaya, deposto, teria organizado um movimento nacional em Honduras com um candidato do seu esquema para vencer a eleição marcada para este final de ano pelos “golpistas” e voltar ao país heroicamente.
Não há golpe de estado em Honduras, há uma legalidade constitucional que Zelaya, com o apoio do Chavez, Lula e outros, querem tumultuar para impor a vontade de alguém que queria dar um golpe branco no país. Embarcar nesse movimento, nessa onda, é virar avestruz e enfiar a cabeça no buraco negro da farsa para não ver a realidade da história, seja em Honduras ou em outro país do mundo.
Apoiar Zelaya, isso sim é golpe internacional contra a soberania do povo hondurenho.
A foto do encontro entre Lula e Zelaya, em Brasília, é do jornalista Antonio Cruz, da Abr.