segunda-feira, 24 de agosto de 2009

BRASIL, O PASSADO NUNCA MAIS!

(Marcus Ottoni)

No melhor estilo “ditadura militar brasileira” o PT governo, seguindo as ordens do PMDB agregado, puniu com a exoneração os dois principais assessores da ex-secretária da Receita Federal, Lina Vieira. Sem qualquer explicação, Alberto Amadei e Iraneth Maria Dias Weiler, foram expurgados dos cargos que ocupavam. Alberto exercia a assessoria especial da ex-secretária e Iraneth Weiler exercia a função de chefe de gabinete de Lina Vieira.
A retaliação é conseqüência das informações passadas a imprensa e a Comissão de Constituição e Justiça do Senado dando conta de uma “reunião secreta” pedida e realizada pela atual super ministra Dilma Rousseff, quando a ex-guerrilheira “Estela” do Polop (Política Operária) e provável candidata do PT/PMDB a sucessão do Lula, pediu para “agilizar” a fiscalização na família do Sarney.
A guilhotina do Poder veio depois que o Palácio do Planalto informou, bucolicamente, que as gravações feitas na sede do Poder Executivo Brasileiro, a Presidência da República, ficam arquivadas por apenas 30 dias... nem um segundo a mais... Santa paciência dos brasileiros! Em outras palavras... destruíram os registros que poderiam revelar, ou não, o provável encontro da ministra com a ex-secretária da Receita Federal e mostrar ao Brasil quem realmente foi pego na mentira: a ex-secretária, a ministra, o presidente ou todos aqueles senadores que juraram a inexistência do tal encontro.
Não se admirem se a ex-secretária da Receita Federal e funcionária de carreira começar a ser designada pelo Ministério da Fazenda a exercer funções diversas em vários estados do país, em períodos tão reduzidos que mal dará para montar residência porque já estará transferida de novo.... Coisas da ditadura militar, incorporada pelo PT governo.
Também pudera... olha quem garante da governabilidade: Sarney, Renan, Paulo Duque, Collor, etc e tal....
Brasil... acorda desse sono eterno em berço esplêndido.... se não, o manhã não existirá, jamais.

ARRANHOU A MEMÓRIA DO SENADO

(Marcus Ottoni)

Que beleza... segunda-feira, tarde fria no plenário do Senado Federal e o Sarney, agora livre da perseguição de seus correligionários e absolvido sem julgamento pelo senador sem votos presidente do Conselho de Ética (?) (aquele que é suplente de suplente do atual governador carioca), quase vai prum “arranca-rabo” com seu colega do PT, Eduardo Suplicy, durante um discurso que o também imortal Sarney proferia em memória de Euclides da Cunha...

Ao conceder um aparte ao senador Suplicy, Sarney ouvi constrangido a critica do petista em relação aos escândalos que envolveram Sarney nos últimos dias e que foram para o brejo graças a “brigada Renan” que comandou o desmanche das acusações e o arquivamento das denúncias contra o ex-presidente da República, depois que o Tancredo Neves partiu dessa pra melhor, num descuido médico que fez de uma diverticulite uma infecção generalizada.

Voltando ao Senado. Irritado com o aparte do petista, Sarney bronqueou dentro do decoro parlamentar. Alegou que não queria arranhar a memória de Euclides da Cunha com o assunto levantado pelo Suplicy.

Arranhado mesmo tá, não só a memória do Senado, mas a própria instituição que afundou num grande tonel de merda pelas manobras de seus senadores, principalmente, os do PT governo e os do PMDB agregado.
A foto dos senadore José Sarney e Eduardo Suplicy é do jornalista Antonio Cruz, da ABr. Ela sofreu um corte editorial para seu melhor aproveitamento no artigo.

domingo, 23 de agosto de 2009

A FATURA CHEGA NO ANO QUE VEM

(Marcus Ottoni)

O PT governo está de “melé bebo”, como se diz no Nordeste quando se quer ressaltar a fase positiva de uma pessoa ou um grupo de gente. Tá porque tá e graças ao PMDB que prepara um golpe de proporções nacionais para jogar o PT governo e o PT partido na lama da política brasileira, mais ainda do que ele já está chafurdando na merda que vem obrando politicamente nos últimos anos.
E qual a razão dessa fase auspiciosa que o PT governo atravessa depois do furacão Sarney quase comprometer a governabilidade do PT partido? Exatamente isso... ter saído da confusão criada com o afastamento do senhor Agaciel Maia do controle absoluto sobre o Senado Federal (diga-se de passagem com o aval do Sarney, que foi quem o colocou lá) com os louros da vitória sobre a oposição que tudo faz para “surupiar” o Poder “legitimamente” conquistado pelo PT governo.

É bom ressaltar que essa “vitória” do PT governo esconde a maquiavélica estratégia do PMDB agregado, cujas conseqüências começarão a aparecer no ano que vem, quando o país for escolher o novo time de governadores, parte dos senadores, deputados federais e estaduais e o presidente da República. Não pensem que o PMDB agregado quer a presidência do Brasil. Não, isso ele não quer, embora deixe transparecer isso para o eleitor brasileiro.
O que o PMDB agregado quer são os governos dos estados, uma gorda fatia da Câmara dos deputados, do Senado Federal e representação forte nas Assembléias Legislativas. Assim, ele continua no controle da “governabilidade” do país, sem pagar o ônus de ações desastrosas e longe da fúria e fiscalização da oposição, mas bem próximo dessa mesma oposição nos estados. Se o projeto do PT governo e do PT partido der com os burros n´água, transformando-se num insucesso eleitoral com a candidatura da ministra Dilma Rousseff fazendo água em 2010, o PMDB agregado, não terá escrúpulo nenhum em bandear-se para o presidente eleito, mesmo que seja um tucano do ninho do senador Tasso Jereissatti, cujo arranca rabo com o “Golberi” do PMDB, senador Renan Calheiros, no plenário da Casa, promoveu um dos mais medíocres debate parlamentar deste ano.
O que importa ao PMDB agregado é o controle dos estados e não o controle do país. O mesmo rolo compressor que esmagou a vergonha, a verdade, a ética e a moralidade pública no Senado Federal e, principalmente no Conselho de Ética e Decoro da Casa, vai agir em 2010 para ter o aval do PT partido e do PT governo as facilidades para ocupar a cabeça das chapas majoritárias nos estados em detrimento de petistas com chances de vencer eleições estaduais.
Talvez a exceção seja São Paulo, onde o senador que ia renunciar por ter sido humilhado pelo PMDB, voltou atrás e decidiu submeter-se as vontades do “Golberi” do PMDB, seu desafeto político, diga-se de passagem.
A fatura vem no ano que vem....