quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Do PAC ao Pré-Sal: pressão pró Dilma


(Marcus Ottoni)

Depois do PAC, oficialmente o Programa de Aceleração do Crescimento do PT Governo, ou como classifica uma boa parte da sociedade brasileira: Plano de Ativação de Candidatura, vem agora o Pré-Sal, classificado como “pressão pró Dilma Rousseff”, a segunda etapa da difícil missão que o PT Governo alavancou quando decidiu que depois do Lula, vem Dilma, a ex-guerrilheira da VAR Palmares, conhecida pela alcunha de “Estela”, entre outros codinomes da guerrilha urbana brasileira.

A construção da candidatura da ex-pedetista e atual poderosa ministra petista, sem carisma e sem jogo de cintura, jamais testada nas urnas e considerada por muitos como um “peso morto” na política pela falta de projeção nacional, não é uma tarefa das mais fáceis que o presidente Lula assumiu na sua estada no comando do país.

Dar visibilidade a uma caricatura política é necessário estabelecer ações que a projetem em todo o país e que agreguem forças tradicionais e conservadoras para viabilizar um projeto de continuísmo na gestão da nação. Disso, os marqueteiros do PT governo entendem bem porque rezam na cartilha propagandista de Goobels, aquele alemão que criou a imagem de Hittler, cuja máxima expressava a inverdade dos fatos: “mentir sempre e continuadamente, até que a mentira se transforme na verdade absoluta no seio do povo”. Taí... parece até que já está sendo posta em prática essa lição do Goobels.
Visto assim, entende-se porque a defesa leonina da preservação do Zé Sarney no cargo que ocupa atualmente e os espaços cedidos ao PMDB de Renan Calheiros. É a estratégia da utilização da legenda do saudoso Ulisses Guimarães para infiltrar a ex-guerrilheira na opinião pública nacional. O Plano de Ativação da Candidatura teve início no anúncio do seu homônio, o tal do PAC, e prosseguiu descaradamente com a apresentação da ex-guerrilheira aos prefeitos eleitos em 2006, na famosa reunião em Brasília com direito a fotografia montada ao lado de Dilma e Lula.
O PAC Dilma passa pela absorção do PMDB como legenda de aluguel provisória, já que o partido está praticamente em todos os quase seis mil municípios brasileiros e tem um fraco pelo poder, seja ele municipal, estadual ou federal. Continuando, atravessa a exploração do costado nacional com o Pré-sal, que já é o programa de “pressão eleitoral pró Dilma” e estende-se até as inaugurações das obras pelo presidente Lula em 2010 (ano eleitoral) quando, e não tem como fugir, descaradamente irá dizer que agora é a hora e a vez do Brasil ser governado por uma mulher, porque a oposição que acabar com as conquistas do povo, blá, blá, blá, blá... e que a continuidade da “preservação da miséria nacional”, da “corrupção deslavada”, da “impunidade garantida”, da “mentira disseminada”, da “roubalheira institucionalizada” e tudo que nunca se fez no Brasil ao longo da sua história com tanto descaramento, tem que continuar com a mulher que lutou contra a ditadura militar para garantir a liberdade do povo brasileiro em ficar puto com tanta sacanagem e não poder fazer nada. Ainda...
A foto de Dilma Rousseff, José Sarney e Lula é de autoria do jornalista José Cruz, da Abr. Ela sofreu um corte editorial para seu melhor aproveitamento no artigo.