quinta-feira, 30 de julho de 2009

MANTENDO O "GADO" NO CURRAL

(Zé da Caatinga)
Com uma bagagem de quase duas décadas trocando de parceiros políticos a cada nova eleição, a governadora do Rio Grande do Norte, Wilma de Faria, do PSB ( o partido socialista do falecido Miguel Arraes), acumulou uma experiência fantástica no que se refere a manter em “banho maria” seus aliados quando eles ensaiam qualquer tipo de rebeldia que possa livrá-los da corrente que os prende aos pés da “líder” de todos os afoitos pré-candidatos a cadeira que ela ocupa a quase sete anos na governadoria.
A estratégia da guerrilheira, ou melhor, guerreira, é muito simples e direta. Autoriza um fiel escudeiro a divulgar sua preferência eleitoral, mergulha politicamente por uns dias para sentir o efeito do petardo verbal e depois aparece como apaziguadora, afagando a cabeça de todos seus pupilos amotinados e prometendo uma reunião onde tudo será esclarecido e as arestas aparadas com competência e sem resistências para que se crie um clima tranqüilo para o final de seu governo. E assim será feito. Mas antes, os amotinados deverão continuar no “banho Maria” até que ela se sinta pronta para “dialogar cordialmente” com todos.
Cá pra nós, o que ela quer é colocar debaixo de suas asas os insatisfeitos, os babões de plantão, os subservientes, os agregados e os dependentes dos cargos públicos que orbitam na esfera política do socialismo cabeça de camarão. Vocês verão: todos sairão do convescote, quando ele acontecer, cantando loas a governadora e submetendo-se a vontade soberana de dona Wilma de Faria. Isso, lá pelo sul, nas fazendas mineiras, é chamado de “garrote de gado ruim”, ou se quiserem: manter a boiada no curral onde os olhos possam ver o que o gado anda comendo.
A foto da governadora Wilma de Faria é do jornalista Ivanisio Ramos da ACSRN. Ela sofreu um corte editorial para seu melhor aproveitamento no artigo.

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